segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Afetividade contemporânea: um olhar sobre os relacionamentos familiares e amorosos



A configuração familiar, com o clássico modelo homem e mulher que se casam, tem filhos e ficam juntos até que a morte os separe, vem modificando-se no decorrer dos tempos com o surgimento das novas formas de agrupamento familiar, onde se tornam cada vez mais frequentes os divórcios, recasamentos, mães solteiras, reprodução independente e as uniões homossexuais. A figura do homem como chefe de família, responsável pelo sustento financeiro, e a da mulher como educadora dos filhos e organizadora do lar vem sendo reconfigurada e as funções estão mais compartilhadas.

Somado a todas essas mudanças, as características sociais como o consumismo, a busca da felicidade imediata e o individualismo vêm transformando, de forma radical, as relações afetivas não só entre pais e filhos como também entre quaisquer indivíduos da sociedade contemporânea. Hoje, é comum encontrar pessoas com seus fones de ouvido, notebooks, celulares etc., exercendo uma relação que até pouco tempo atrás era tida como uma forma alternativa de manter comunicação entre os indivíduos e que agora se tornou primordial.

O surgimento da internet e de novos meios de comunicação, ao mesmo tempo em que facilitou a vida de muita gente, também foi o responsável pelas novas formas de relacionamentos: as pessoas estão mais isoladas em um “mundo particular” e compartilham suas emoções por meios virtuais. As pessoas não conhecem bem umas as outras mesmo sendo, muitas vezes, tão próximas, e os relacionamentos estão mais efêmeros e supérfluos.

No contexto familiar, o filho passa a ocupar o papel de aluno, uma vez que os pais destacam, exageradamente, a vida escolar das crianças como um elemento mediador de suas relações, e os pais tornaram-se meros financiadores, pois os filhos os enxergam apenas como os responsáveis pelo seu sustento.

A convivência com os outros, a construção das virtudes e da moral familiar, a transmissão de ensinamentos, histórias, princípios e tradições vêm perdendo terreno, o que, segundo alguns estudiosos, trata-se do declínio das relações sociais. O desafio que nos resta, em um momento de transição e crise que estamos passando, é refletir a respeito destes fenômenos e buscar novas maneiras de encarar antigas tradições.



Por: André Araújo

sábado, 28 de agosto de 2010

Parascavedecatriafobia

 
Também chamada de frigatriscaidecafobia, essa palavra de 23 letras se refere ao pavor das pessoas pela sexta-feira 13. A superstição é, na verdade, uma combinação de dois medos separados: o medo do número 13, chamado triskaidekafobia, e o medo de sextas-feiras.

Para a origem da sexta-feira 13 como um dia de azar há várias versões. A mais forte delas seria o fato de Jesus Cristo ter sido crucificado em uma sexta-feira e, na sua última ceia, haver 13 pessoas à mesa: ele e os 12 apóstolos, inclusive Judas. 
 
Outra versão, proveniente da mitologia nórdica, diz que a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem à palavra friadagr = Friday = sexta-feira em inglês). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianis-mo, a lenda transformou Friga em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos.

O Código de Hamurabi, criado 1700 a.C. teve a cláusula 13 excluída por superstições Alguns estu-diosos relatam que o grande dilúvio aconteceu numa sexta-feira.

Coincidência ou não: em 13 de Dezembro de 1968 o governo militar do Brasil decreta o AI-5; o pior incêndio de florestas na história da Austrália ocorreu em uma sexta-feira 13 de 1939; a queda do avião que levava a equipe uruguaia de rúgbi nos Andes foi em uma sexta-feira 13 de 1972.

Nos Estados Unidos cerca de 8% da população sofre com a parascavedecatria-fobia.

Isso tudo pode parecer apenas superstição, mas os prejuízos são bem reais: segundo estudos de um instituto da Carolina do Norte (EUA), a data gera no país prejuízos que vão de 800 a US$ 900 milhões, com pessoas desistindo de viajar de avião, de se casar, realizar eventos, trocar de carro, vender imóveis, fechar negócios.

Por: Arthur Rocha
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